The Country of the Blind

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Faz tempo.

Acordei tarde mas eu estava cansada. A cachorra, que estava deitada do lado de minha cabeça, despertou também. Trocamos olhares cúmplices de quem poderia permanecer na cama mais umas 2 ou 3 horas. Levantamos, eu cambaleante até o banheiro; Ela, em passos apressados até o jornal. Me olhei no espelho: Cabelo estava emaranhado e havia uma mancha de saliva seca em meu queixo. Suspirei. Prendi o cabelo e lavei meu rosto. Encarei meu reflexo por mais alguns segundos e me senti desconfortável. Desviei para uma mancha vermelha na extremidade da pia, resultado do último retoque do ruivo dos meus cabelos tingidos. Viajei nos meus pensamentos desse dia e lembrei do esporro que levei por ter marcado pra sempre a cerâmica do banheiro. “Merda”

Senti arrepios e lembrei que precisava mijar. Tudo estava estranho. O dia estava fervendo então o assento da privada fervia também. Céus. O dia mal começou e ja aguava pelo seu término. Fiquei sentada no sanitário por mais alguns minutos encarando os azuleijos da parede que refletiam parte da luz que entrava no banheiro. Era um dos ambientes mais iluminados da casa, e eu gostava disso. Enfim me limpei e joguei o papel desleijadamente no cesto.
A cozinha, o lugar mais iluminado da casa, é péssima. Sinto nojo.
Boto agua pra ferver e olho na cesta de pão para refletir se como algo ou não.
Não, hoje só café.
É foda.
A parte mais dificil é ter vontade de preparar café quando não tem a maldita geleia.
Preparo o meu café com leite rotineiro.
4 colheres de chá de leite, 3 colheres de café de cafe.
Não bebo em goladas rápidas e impacientes. Bebo lentamente, sentindo o vapor acariciar meu rosto, encosto os labios no líquido quente para então tomar um gole. Respiro fundo e sinto a quentura descer em mim.
Há tempos atras eu dizia que gostava muito de comer, e que comer rápido era um pecado gastronomico. Muito pretenciosa essa Eu.
Hoje em dia a realidade é dura porém poética para quem gosta de ver o lado bom: A unica coisa que me tira da cama é um bom café da manhã. Meu dia precisa se fazer valer no inicio dele. Porque não sentir tudo que aquele primeira (unica) coisa boa poderia me trazer?
Afinal o que poderia acontecer comigo no restante do dia?

Tomo meu café sentada no sofá da sala, a cachorra me encara suplicante por um pedaço de seja lá o que estiver em minhas mãos. Ela desiste de esperar um pingo de leite cair no chão e se deita próximo á janela.
Tomo um gole do líquido na minha caneca preferida. Encaro móveis. Paredes. Penso em levantar abruptamente e mudar tudo de lugar, quebrar e desmenbrar a casa, transformar tudo em um vendaval.
Minha expressão continua a mesma ao imaginar toda essa cena.

Ja se passaram duas horas desde que levantei da cama e ainda estou com uma caneca na mão, com um pijama suado e com o olho entorpecido. De repente algo estala em minha mente e levanto do sofa. Coloco minha caneca na pia.
Tomo meus remédios.
Ando em passos apressados. “Vou tomar um banho e começar o dia!”
Mas foi só um frenesi.
No momento seguinte me joguei no sofá novamente, dessa vez sem caneca.
E o dia que seguiu… Mente um furação, coração intoxicado e corpo inerte. Poderia estar morta. Algum vizinho me olhando do apartamente em frente não pensaria outra coisa.

A cachorra estava sentada em frente à janela. Ela estava olhando o céu azul, escutando os passaros que passam cantando, sentindo os cheiros do movimento de seres na rua. Ela poderia voar magnifica se tivesse asas.

E eu presa. Num corpo que só rasteja.

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